diário da esperança

A santidade de Deus

Uma das melhores formas que conheço para entender o conceito de santidade é a analogia com o sol. Hoje, sabe-se que a estrela em torno da qual orbitamos possui uma temperatura de mais de 5 milhões de graus celsius em seu núcleo. Basta nos aproximarmos de sua superfície para sermos carbonizados. Ao mesmo tempo, nas condições em que estamos, recebemos 99% da nossa energia desse astro. O mesmo sol que nos dá luz e que permite o desenvolvimento é letal, se dele nos aproximarmos.

Desde a antiguidade, o sol foi adorado como um Deus. Contudo, segundo a Bíblia nos ensina, o sol não é um deus, mas sim uma maravilhosa obra das mãos do único Deus. Justamente por isso, essa obra revela atributos de seu Criador. Assim como o sol, Deus também nos traz luz e vida (João 1.4). Sem Ele, não temos como enxergar a nós mesmos, o nosso próximo e o universo da maneira adequada. Sem Ele, nem sequer existiríamos. Contudo, o ser humano seria morto caso olhasse Deus face a face (Êxodo 33.20).

Nenhum ser humano pecador pode suportar a visão de um ser tão santo.

Deus é singular no universo. Nem o sol, nem as estrelas, nem qualquer outra criatura pode ser comparada a Ele. A essa característica dá-se o nome de santidade.

Deus não é a natureza, mas está acima dela (Isaías 46.5). Se tentarmos imaginar o ser mais poderoso, mais majestoso e mais belo possível, Deus sempre será superior a essa imagem.

Contudo, o Deus santo se revelou a nós. Jesus é a imagem do Deus invisível (João 1.18). Se Deus estava inacessível a nós, não está mais por meio de Cristo. O Deus que criou as estrelas foi o mesmo que andou entre cegos, surdos e paralíticos e os curou. O Deus que moldou os continentes foi o mesmo que teve suas mãos perfuradas pelos cravos na cruz.

Há 2 mil anos, se alguém tocasse um leproso, essa pessoa seria considerada imunda e deveria fazer rituais de purificação, pois a impureza era "contagiosa". Contudo, quando Jesus tocava em leprosos, eram eles que ficavam limpos. Sua pureza era transmitida ao impuro.

É isso que Ele ainda faz conosco quando nos achegamos com coração arrependido. Entregamos uma vida suja pelas nossas falhas e recebemos um coração novo (Ezequiel 36.26), de forma que possamos estar com ele.

Com Cristo, não é mais letal estar na presença de um Deus santo porque nós também somos santificados (1Pedro 1.15-16). No fim de tudo, a nossa grande promessa é que, aos que o obedecem, será concedido o privilégio de vê-lo face a face (Apocalipse 22.4).

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